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LUTO INVISÍVEL
“[Mesmo na barriga], o bebê é sentido como um filho. Pessoas acham que há uma diferença entre a dor da perda no primeiro ou no último mês. Mas, para quem está ali nutrindo expectativas para aquele filho, não há”, afirma a psicóloga Liliana Seger, do Hospital das Clínicas de São Paulo e autora do livro “Cadê você, bebê?” (Editora Segmento Farma, 2014). Quando o filho adulto de uma mulher morre, ela perde o passado que teve com ele, as lembranças. No caso de um bebê ainda na gestação, os pais sentem como se tivessem perdido o futuro que eles esperavam viver juntos.
Cuidado com a síndrome do ninho vazio
Para a Dra. Liliana, a mulher precisa perceber quando está dependente de horários, das atividades dos filhos ou do marido e nesta hora começar a pensar em viver a sua vida de uma forma mais livre. “A prevenção é se preparar para assumir a responsabilidade da própria vida, e isso não significa deixar de amar, muito pelo contrário, já que apenas podemos amar ao próximo quando nos amamos primeiro”, acrescenta a psicóloga.